[Resenha] Aos Dezessete anos

Título: Aos dezessete anos

Autora: Ava Dellaira

Editora: Seguinte

Ano: 2018

Páginas: 448
Compre: Amazon, Submarino, Americanas

Classificação: ✮✮✮✮

Sinopse: Em seu novo romance arrebatador, a autora de Cartas de amor aos mortos apresenta uma mãe e uma filha que precisam compreender o passado para poder seguir em frente. 

Quando tinha dezessete anos, Marilyn viveu um amor intenso, mas acabou seguindo seu próprio caminho e criando uma filha sozinha. Angie, por sua vez, é mestiça e sempre quis saber mais sobre a família do pai e sua ascendência negra, mas tudo o que sua mãe contou foi que ele morreu num acidente de carro antes de ela nascer.

Quando Angie descobre indícios de que seu pai pode estar vivo, ela viaja para Los Angeles atrás de seu paradeiro, acompanhada de seu ex-namorado, Sam. Em sua busca, Angie vai descobrir mais sobre sua mãe, sobre o que aconteceu com seu pai e, principalmente, sobre si mesma.

      O meu primeiro contato com a autora foi em "Cartas de Amor aos Mortos" e foi uma experiência maravilhosa, então comecei com uma expectativa bem alta quando iniciei a leitura de "Aos dezessete anos". E devo dizer que não me decepcionei, a trama tem vários temas importantes, como o racismo, e a busca pelo conhecimento do seu passado para poder seguir em frente.

    Na trama iremos acompanhar Angie, filha de Marilyn com quem tem um relacionamento maravilhoso. A jovem de 17 anos nunca conheceu o pai que morreu em um acidente antes dela nascer mas ao descobrir indícios de que o pai pode estar vivo e em Los Angeles, Angie vai atrás de seu paradeiro para quem sabe finalmente poder resolver seus problemas sobre o passado. Acompanhada de seu ex-namorado e sem sua mãe saber, a jovem embarca numa aventura de auto-descobrimento.

           No meu segundo contato com a autora, o livro atendeu bem a minha expectativa com personagens complexos e uma trama completamente envolvente. A história é dividida entre capítulos que alternam entre o passado de Marilyn e o presente de Angie. Mãe e filha tem um relacionamento de muito afeto, que é colocado a prova quando Angie resolve sair em busca pela verdade do seu passado e sobre o romance arrebatador que sua mãe teve com seu pai no passado. Já no passado de Marilyn podemos ver uma linda história de amor que ela teve com James, e um difícil relacionamento com a mãe, que sonhava que a filha fosse uma modelo famosa e as tornasse rica.

          Confesso que tive problemas em gostar de Angie, pois ela é uma personagem bem egoísta e age como se ela se importasse apenas com ela e não leva em conta os sentimentos nem de sua mãe e nem de seu ex-namorado, Sam. Mas compreendo sua história de vida e mesmo assim tentei me conectar com a personagem que passa por muitas situações de racismo, pois sua mãe é loira e ela é mestiça e as pessoas nunca associam elas como mãe e filha. A forma como a autora soube lidar com esse tema foi maravilhosa.

           O trabalho da editora seguinte foi maravilhoso, e acho que a capa teve tudo a ver com a trama já que Angie e Marylin são apaixonadas por fotografia e esse assunto da sustentação a trama também. A diagramação ficou ótima e com uma leitura fácil e fluida.O livro parece ser grande com as quase 500 páginas, mas você mergulha tanto na trama que esquece o tempo passar.

         Para quem quer uma trama com bastante emoção, amor , que lida com o racismo e sobre buscar conhecimento sobre si mesmo e sobre as pessoas que ama, essa é minha dica de hoje.