Autor: Lois Duncan
Após atropelarem o pequeno Daniel de 10 anos, Barry, Helen, Julie e Ray fizeram
um pacto de nunca revelarem o que aconteceu naquela noite de verão. Por um ano,
tudo estava em paz e todos seguiram suas vidas normalmente. Até que um dia,
cada um deles recebem uma carta com uma simples frase: “Eu sei o que vocês
fizeram no verão passado”. Agora eles precisam lutar para fugirem de um
assassino silencioso, e ao mesmo tempo esconder de todos um segredo que passaram
tanto tempo guardando.
O livro original foi escrito em 1978, e está é uma versão de 2014 que teve
alterações editoriais como forma de atualização (o que achei desnecessário),
então a resenha é baseada neste no lançado pela editora Benvirá. É um thriller
leve, diria até que bem juvenil já que não temos cenas pesadas e todos os personagens
são adolescentes de 17 anos que se envolvem num acidente de carro e resolvem
não socorrer o garoto atropelado.
Já começamos a trama sem conseguir nos ligarmos aos personagens, afinal
quem atropela uma criança e não presta socorro? Esperamos encontrar algum arrependimento
genuíno em algum deles, mas alguns tem medo de estragarem o seu futuro caso
falem algo e outros não se importam nem um pouco com o assunto.
No desenrolar da trama, eles são perseguidos pelo assassino que procura
fazer uma tortura psicológica com os bilhetes deixados. Os jovens começam a se
desesperar e se dividem em quem quer contar o que está acontecendo e aqueles
que são totalmente contra, já que fizeram um pacto.
E por que eu não gostei tanto do livro? O final. A autora criou um ambiente
de suspense, e nos deixou super instigados a acompanhar todo o desenvolvimento final
dessa trama. Mas quando termina, ela apressa todas as explicações e não há um
final satisfatório para o leitor que tinha várias dúvidas de como certas coisas
iriam se desenrolar.
Não é um livro péssimo, é um livro leve de thriller com um final não muito satisfatório. No meu caso, tinha altas expectativas pois sou fã do filme e os dois são completamente diferentes.
FILME:
Obras completamente diferentes, o filme usou a ideia central que o livro
traz e mudou diversas coisas. Na minha opinião, eu gostei bem mais do filme,
mas sou suspeita para falar porque eu sempre prefiro um suspense mais pesado a
um leve.
O filme de 1991 e dirigido por Jim Gillespie é mais um slasher adolescente
com cenas sangrentas para um público mais adulto. Um grupo de quatro amigos Julie
(Jennifer Love Hewitt), Helen (Sarah Michelle Gellar), Barry (Ryan Phillippe) e
Ray (Freddie Prinze Jr.), que estão no último ano do colégio e cheio de planos
para futuras universidades. Em uma noite de verão eles resolvem sair para beber,
e que era uma festa acaba se tornando um pesadelo: eles acabam atropelando um
homem que estava caminhando na rodovia, e ao invés de pedirem socorro e chamarem
a polícia, eles resolvem jogar o corpo no rio e fazerem um pacto de nunca mais
falarem sobre isso.
Já perceberam as diferenças entre os dois só pela sinopse ne?
Diferenças entre livro e filme:
- Personalidade dos protagonistas: São iguais nos dois. Temos os
que se arrependem e os que não se arrependem.
- Atropelamento: No filme o atropelado é um homem bem mais velho.
Já no livro eles atropelam uma criança de 19 anos. Esse fato fez ambas as
histórias serem completamente diferentes.
-Assassino: Em ambos, o assassino é alguém atrás de vingança. No
livro tem a ver com a criança atropelada e no filme com o homem.
- Cenas sangrentas: No livro não há cenas que sejam pesadas, no
máximo um tiro. Já no filme a coisa muda BASTANTE, já que as cenas são bem
slasher e com boa quantidade de sangue.
Diria que o filme é para público adulto, enquanto o livro se encaixa num público infanto juvenil. O filme tem uma continuação, que não é tão boa quanto o primeiro.
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