Audrey Rose não é a típica donzela inglesa do século xix.
Quando ninguém está vendo, a jovem realiza autópsias no laboratório de seu tio,
contrariando a vontade de seu pai e todas as expectativas da sociedade. Ela
pode não saber fazer um penteado elaborado, mas faz uma incisão em Y num
cadáver como ninguém. Seus estudos em medicina forense a levam na trilha do misterioso
Jack, cujos assassinatos brutais derivados de uma terrível sede de sangue
amedrontam a cidade. E Audrey Rose, empoderada desde o berço, quer fazer
justiça às vítimas - mulheres sem voz e marginalizadas por uma sociedade
extremamente sexista. Na companhia de Thomas Cresswell, o aprendiz convencido e
irritante de seu tio, ela decide seguir seus instintos e os rastros de sangue
do notório assassino. Afinal, nenhum homem foi capaz de descobrir sua
identidade. Esse é um trabalho para uma mulher.
Rastro de Sangue: Jack, o Estripador é o primeiro volume de
uma série que já prevê inspiração em outros personagens clássicos da era
vitoriana, como o Príncipe Drácula e o Escapista Harry Houdini. É também o
romance de estreia de Kerri Maniscalco, autora descoberta por James Patterson,
que vem conquistando o coração de leitoras e leitores em todo o mundo. Aqui no
Brasil, os fãs podem esperar aquele padrão de qualidade quase psicopata da
DarkSide Books. Uma edição feita sob medida para acompanhar os leitores nessa
investigação cheia de reviravoltas. E, como se fosse preciso dizer, em capa
dura, é claro.
Rastro de Sangue: Jack, o Estripador faz parte da linha
editorial DarkLove, só com livros escritos por mulheres com grandes histórias
para contar. Os detalhes sobre medicina forense aproximam também os fãs de
livros da coleção Crime Scene, como O Segredo dos Corpos ou os Arquivos Serial
Killers, de Ilana Casoy. Recomendado também para os amantes de CSI, Mindhunter,
O Terror Gótico de Penny Dreadful e o Medo Clássico de Edgar Allan Poe.
Iremos conhecer Audrey Rose Wadsworth, uma jovem de família aristocrata que estuda medicina forense com seu tio (e sem o conhecimento de seu pai). Ao mesmo tempo, a cidade de Whitechapel tem vivido momentos de horrores, pois, um assassino tem deixado rastros de sangue pela periferia.
Audrey começa a desconfiar que o assassino é alguém bem próximo, e decide investigar o que está acontecendo na cidade. Junto com Thomas Cresswell, também estudante de medicina e auxiliar de seu Tio, eles irão entrar em uma aventura nas pequenas ruelas da antiga Londres.
Eu participei de uma leitura coletiva, e esse foi o livro lido no mês de fevereiro. O livro começa num ritmo mais lento, mas logo depois entramos na leitura e não queremos largar mais. O ambiente vitoriano da trama e as pistas que a autora coloca, deixa um suspense que ansiamos para resolver.
Os personagens são fantásticos, e Audrey me ganhou já no começo do livro. Ela é destemida e não aceita as imposições que a sociedade colocava para as mulheres na época. Outro que me ganhou foi Thomas e seu sarcástico humor com as situações, e logo já estava torcendo pelos dois juntos!
Jack, o estripador foi uma figura real que aterrorizou Londres em 1888, que é o cenário de fundo da trama, porém ele nunca foi pego. A autora soube como mesclar a trama com a história do Jack estripador, e vemos que ela estudou bastante o caso para usar as informações corretas no livro. Ainda não conhecia a escrita dela, mas fiquei fascinada e não vejo a hora de ler os próximos livros.
É um livro que vale super a pena! Este é o primeiro da série Rastro de Sangue, seguido por O príncipe Drácula e O grande Houdini. E nem preciso dizer que a edição da Darkside está belíssima, com mapas e figuras de anatomia que são relacionadas com a trama.
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