Caitlin tem apenas onze anos, mas enfrenta a pior perda da sua vida. Em um brutal atentado, seu irmão mais velho Devon está entre as vítimas. E agora junto com seu pai, ela irá ter que aprender a lidar diariamente com a falta que seu melhor amigo faz. Acontece que Caitlin tem um pouco de dificuldade para fazer amigos, e era Devon que lhe explicava como o mundo funcionava.
Caitlin também odeia que invadam seu espaço pessoal, sem contar que não gosta de fazer contato visual. Para a jovem que ama desenhar, tudo é preto e branco, pois para ela as cores lhe dão uma sensação horrível. Ela não poupa suas palavras e diz tudo que está pensando, mesmo que isso soe de uma forma rude para os outros. Caitlin tem Síndrome de Asperger, uma forma leve do espectro autista, o que a leva a ser um pouco desajeitada em suas interações sociais.
Uma de suas atividades favoritas, além de desenhar, é ler o dicionário. E é assim que ela descobre uma palavra que pode mudar tudo: desfecho. Então ela descobre que o quê ela e o pai precisam é exatamente essa palavra, mas ninguém sabe explicar como se chega a um desfecho. E nada irá impedir Caitlin de descobrir como alcançar esse encerramento.
Esse foi um livro que eu achei no Kindle Unlimited, e como queria uma leitura curta, ele foi o escolhido. E foi um achado maravilhoso, pois o livro é tremendamente encantador e me ganhou da primeira à última página e ainda se tornou um dos meus favoritos.
Caitlin possui a síndrome de Asperger, que é uma forma mais branda de autismo. Dessa maneira, podemos enquadrar a Síndrome de Asperger como sendo um Transtorno Global de Desenvolvimento (TGD) que afeta, especialmente, as capacidades de se socializar e se comunicar do paciente. A consequência é uma dificuldade de a pessoa interagir socialmente e de se relacionar com os demais. É importante destacar que os portadores dessa síndrome não sofrem nenhum atraso cognitivo ou de desenvolvimento da fala, apesar disso, muitas vezes devido aos estereótipos e os padrões de comportamentos cruéis impostos pela sociedade, são consideradas pessoas estranhas. (Retirado do site Psicologia Viva).
Passarinha é narrado por Caitlin, e assim podemos enxergar o mundo através dos seus olhos, e, como ela possui um interesse maior em saber sobre todas as coisas a sua volta, acaba enxergando um mundo que a maioria de nós não percebemos. Além de perder o irmão, ela sofre na escola e não tem amigos, mas tem uma empatia enorme pelos outros e mesmo ao seu modo quer ajudar a todos.
A autora
criou metáforas e simbolismos que enriqueceram ainda mais a leitura, sendo bem
esclarecidos durante a trama. É um enredo que trata de amor, amizade, luto,
perda e recomeços, e com uma criança como narradora, o que torna tudo mais ingênuo
e com um toque da engraçada pureza infantil.
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